Um ano diferente de todos...
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O balanço do Centro de Citricultura sobre 2020
Por: Centro de Citricultura Sylvio Moreira
Destaques também para a produção científica, que listam resultados de pesquisa sobre técnicas moleculares para caracterizar mecanismos de tolerância de citros
Desafios contínuos..., não poderiam deixar de marcar o balanço anual do trabalho realizado pelo Centro de Citricultura (CCSM) do IAC. Contudo, era inesperado tratar daqueles inerentes a uma pandemia que trouxe sérios prejuízos sociais e econômicos à população mundial em 2020.
E a resultante disto? Ainda que por vir de forma mais ampla e, quiçá, definitiva, pautada nos esforços da ciência e da inovação liderada por laboratórios de excelência na detecção do SARS-Cov-2 e na produção de vacinas, viu-se também uma nova ordem que pediu resiliência. Interessantemente, os citros apareceram nesse cenário, ricos em vitamina C, com efeitos benéficos à saúde. O consumo da fruta e do suco de laranja aumentou significativamente no varejo durante a pandemia. Em suma, ciência e laranja apareceram como foco de notícias recentes.
Nessa resiliência, viu-se o Centro de Citricultura manter e/ou ampliar o trabalho realizado por seus servidores. Uma resposta clara do comprometimento institucional para com a citricultura, que não parou! Ao contrário, viu novos pomares plantados, florescendo e produzindo frutos que, mesmo arduamente num primeiro momento, foram colhidos no campo e entregues ao mercado.
Dos destaques do Centro de Citricultura, focados no provimento de produtos e serviços especializados, como (I) a produção e a distribuição de material propagativo especializado (sementes e borbulhas), que sustentam os primeiros passos da citricultura, foram mantidos e/ou ampliados. Foram mais de 900 kg de sementes e 100 mil borbulhas entre aquelas básicas e finais transferidas como moeda de inovação ao setor.
Paralelamente, (II) a Clínica Fitopatológica, manteve o atendimento ao setor processando um número 30% maior, de amostras de plantas diagnosticadas para fitopatógenos, comparado ao ano anterior, outro requerimento para produção de mudas em São Paulo.
E a pesquisa também não parou. Em 2019 havia (III) 11 projetos de pesquisa aprovados para início, além daqueles que ocorriam em continuidade a parcerias anteriores. Um número expressivo para ser administrado na pandemia.
Destaques também para (IV) a produção científica, que listam resultados de pesquisa sobre técnicas moleculares para caracterizar mecanismos de tolerância de citros (trifoliata, tangerina Sunki e laranja doce) ao HLB, interações hospedeiro e estratégias de controle do cancro cítrico, a capacidade de transmissão do CiLV pelo ácaro da leprose, toxina biológica contra podridões pós-colheita de frutos e papel de nutrientes para aliviar estresse climático sobre perdas de safra dos pomares.
Os (V) eventos relevantes há décadas na citricultura foram repaginados e transferidos para novas datas. Para isso, o Centro de Citricultura estabeleceu importante fórum de discussão e buscou melhores decisões com base na experiência de grupo. Levou-se em conta que “Existem pessoas por trás das marcas... quanto mais a conversa foi de gente para gente, mais genuína se tornou” (Miriam Shirley da Silva, no Estadão, 20/3/2020), e assim estabelece-se um novo patamar de relacionamento com todo setor, que deu o direito de se criar o engajamento #confiança, na nossa comunicação!
Somados vários números, o Centro de Citricultura foi mesmo resiliente nessa pandemia. E por que essa afirmação? Numa resposta trazida do editorial do Informativo Centro de Citricultura de junho de 2019: por acreditar no grupo de trabalho que acredita no trabalho em grupo! Igualmente, por acreditar na visão da citricultura e suas instituições sobre o que já entregamos e vamos entregar. Enfim, um sentimento que o “copo esteve meio cheio”.
Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
(11)5067-0069