Fazenda do Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” conquista selo internacional de sustentabilidade
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Unidade localizada em Cordeirópolis (SP) recebe o Selo Ouro Farm Sustainability Assessment (FSA)
Por Fernando Lopes - Valor Econômico
O Centro de Citricultura “Sylvio Moreira”, do Instituto Agronômico (IAC), vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, agora conta com a primeira fazenda de pesquisa agronômica do país a conquistar o Selo Ouro Farm Sustainability Assessment (FSA), da plataforma Iniciativa de Agricultura Sustentável (SAI, na sigla em inglês).
Na avaliação, a fazenda, localizada em Cordeirópolis e com foco na laranja, teve campos experimentais e estufas considerados de acordo com padrões internacionais de sustentabilidade ambiental. Segundo o IAC, a certificação é fruto de uma parceria estabelecida com a Fundação Solidaridad há dois anos.
Em nota, o pesquisador Dirceu Mattos Jr., diretor do centro de citricultura do IAC, afirma que o selo oferece ao consumidor informações sobre a origem e qualidade da fruta. A verificação dos critérios que garantiram a certificação da fazenda foi feita pela organização sem fins lucrativos Imaflora.
Segundo o IAC, cerca de 200 mil fazendas em mais de 40 países já passaram pela verificação FSA-SAI. Essas áreas englobam mais de 70 culturas agrícolas.
“A certificação para sustentabilidade tratou de (I) informação, (II) organização, (III) colaboração e (IV) realização. Assim, gestão interna e acolhimento da equipe CCSM foi ímpar nesse processo e trouxe ao setor a experiência que pode ser compartilhada com o citricultor e a citricultora, dentro da sua propriedade!”
CONCLUSÕES
São Paulo, 28/11/2022 - O Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” do Instituto Agronômico (IAC) tem a única fazenda de pesquisa agronômica com certificação internacional de sustentabilidade. O Selo Ouro Farm Sustainability Assessment (FSA) ou Avaliação de Sustentabilidade da Fazenda foi obtido no fim do mês passado.
Conforme comunicado, isso significa que todas as áreas da Unidade do IAC, em Cordeirópolis, interior paulista, incluindo campos experimentais, jardins clonais e estufas, estão de acordo com padrões internacionais de sustentabilidade ambiental.
A FSA pertence à plataforma SAI (Iniciativa de Agricultura Sustentável) e está sujeita a rigorosas análises de estruturas e procedimentos adotados, que são avaliados assim como ocorre para obtenção de uma certificação nos moldes da ISO. No mundo, cerca de 200 mil fazendas já passaram pela verificação FSA-SAI, em mais de 40 países, em todos os continentes. Essas áreas englobam mais de 70 culturas agrícolas, cultivadas de acordo com a agricultura sustentável certificada pela FSA.
Além de proporcionar qualidade e confiança aos consumidores, o objetivo com essa certificação é engajar agricultores no fluxo das melhorias e criar um roteiro para avanços contínuos. A certificação é fruto da parceria estabelecida há dois anos com a Fundação Solidaridad, organização internacional da sociedade civil.
O pesquisador e diretor do Centro de Citricultura IAC, da Secretaria de Agricultura, Dirceu Mattos Jr., disse em nota: “Imagine o consumidor de frutos ou suco de laranja, em qualquer parte do mundo: ele poderá ler na embalagem do produto por quem foi processado, que pomar originou aquela laranja, que viveiro produziu aquela muda que formou o pomar e, numa ponta bastante distante, em qual fazenda foram produzidas a semente e a borbulha, de alta qualidade genética e sanitária - atestados como produtos e serviços estratégicos do Centro de Citricultura do IAC, que deu origem àquilo que consumiu. Construímos uma relação de rastreabilidade e confiança.”
O Centro de Citricultura do IAC obteve 100% de conformidade nos critérios ‘Essenciais’ e ‘Básicos’ e 96% nos critérios ‘Avançados’, ficando acima do exigido para o nível Ouro, que são de 100% de cumprimento de critérios essenciais, 100% dos básicos e 75% dos avançados.
A verificação foi realizada pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), organização brasileira sem fins lucrativos, que trabalha desde 1995 para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, gerar benefícios sociais e reduzir os efeitos das mudanças climáticas. O Imaflora nunca havia certificado uma fazenda de pesquisa, apenas áreas comerciais.